No instante em que o barco (que é a vida) chega ao porto e parece estável, logo uma tempestade o derruba.
É como uma brincadeira de criança que senta á beira da praia e brinca com balde e pás coloridas. Monta castelinhos. E quando as janelas se formam, parece finalmente terminado.
Daí vem a onda e derruba tudo sem avisar!
Eu sou a criancinha! Que chora inconsolada por algo ter dado errado!
Só que na idade que estou, não posso mais esperar que meu pai venha e me diga que devo sentar mais ao fundo para poder construir o meu castelo.
Agora eu já tenho que imaginar o que vai acontecer lá na frente se tomada 'tal' decisão.
Sendo bem franca, ás vezes não sei o que fazer. Acho até que nunca sei!
A minha vida toda me vi levando as coisas como o vento.
Simplesmente fluindo entre os dedos sem que precisasse parar para decidir o sentido das minhas escolhas.
E foi aí que percebi que me atrasei um pouco-muito.
Um pouco mais do que devia. Um pouco-muito-mais do que devia.
Ou muito mais do que o pouco que devia.
Ando correndo, tropeçando, peneirando a areia para tirar as pedras do caminho e procurando me ancorar em um porto tranquilo.
Ando andando com pesar. Pesada, impossibilitada de andar sem freio.
Ajeito o tempo todo o 'tempo perdido'.
Devia ajeitar o tempo no tempo que posso, mas não posso perder tempo!
Então levo a vida em uma tempestade apressada, segurando as velas inquietas.
E sem saber outro caminho, continuo a seguir o vento.
Deixo pra pensar depois, pois temo o mar turbulento!
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